domingo, 3 de abril de 2011

O PSF PEDE AJUDA

Cajazeiras, como os demais municípios em todo o Brasil, está sofrendo as consequências de um posicionamento tomado pela classe médica que atua nos Programas de Saúde da Família, os conhecidos PSFs.Esse Programa do Governo Federal tem suas diretrizes definidas na Portaria 648/GM de 28 de março de 2006. O regime de trabalho é de 40 horas semanais para todos os integrantes da equipe, que deve ser composta por, no mínimo,um médico,um enfermeiro,um auxiliar ou técnico de enfermagem,um odontólogo,um auxiliar de consultório odontológico e agentes comunitários de saúde. Mas o que se encontra,na realidade, são unidades de saúde da família onde o médico (e também o odontólogo) não cumpre as oito horas diárias devidas.Ganham em torno de R$6.000,00 líquido mas, o que se vê, são médicos trabalhando meio expediente,duas ou três vezes na semana,e é para dar graças a Deus,pois se não for nessas condições,nenhum médico quer assumir um PSF. Essa postura está gerando tumulto e aumento de pessoas nos Hospitais que deveriam atender somente urgência e emergência,mas estão abarrotados de pacientes que procuram atendimentos que poderiam ser feitos nos PSFs,mas  muitos alegam que o médico não está.
Além de prejudicarem o serviço de saúde e a qualidade desse serviço, esse não cumprimento de carga horária pode levar ao descredenciamento e fechamento das Unidades de Saúde da Família. “Nós descredenciamos, em quatro anos, mais de 18 mil equipes de Saúde da Família, 12 mil de saúde bucal", afirma o secretário nacional de Atenção à Saúde, Helvécio Magalhães.A população deve cobrar dos profissionais seriedade e compromisso com o serviço público, pois a regra é clara: para receber dinheiro público é preciso ter o serviço de saúde funcionando de acordo como manda a lei.